RORAINÓPOLIS: MPRR ajuíza ação contra prefeito, secretário, empresa e mais 6 pessoas

Prefeito de Rorainópolis Adilson do ASA (Foto: Reprodução/Facebook)

   Irregularidades em processos licitatórios motivaram o Ministério Público do Estado de Roraima a ingressar com ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o prefeito do Município de Rorainópolis, Adilson Soares de Almeida; o secretário de Finanças, Diego de Assis Gonçalves; a proprietária da empresa R. da S. Faria-ME, Rogiane da Silva Faria; e outras seis pessoas.

  Nas investigações, conduzidas pela Promotoria de Justiça da Comarca de Rorainópolis, foi apontado que quatro licitações, realizadas em janeiro de 2013, beneficiaram a empresa de Rogiane Faria, esposa do secretário de Finanças. Consta na ação que os quatro processos licitatórios se referiam ao mesmo objeto - aquisição de material de expediente -, o que caracterizaria fracionamento de licitação, ‘com o propósito de burlar a competitividade e beneficiar a empresa vencedora, contrariando o que preconiza a Lei de Licitações 8.666/93”.

  Os promotores de justiça, Muriel Vasconcelos e Kleber Valadares, explicaram que os processos licitatórios foram realizados nas modalidades convite, que permite contratação de até R$ 80 mil e exige critérios mais simples, e pregão, que admite propostas de menor preço.

“Os valores dos objetos, quando somados, excedem a quantia de R$ 500 mil, fato que obrigaria a administração a realizar licitação nas modalidades tomada de preço e concorrência, por exemplo. O montante, quando somado, comprova a ilegalidade, deixando claro o conluio para fraudar o erário”, destacam os promotores na ação.

“O processo licitatório não passou de uma maquiagem com o único fim de beneficiar a empresa da esposa do secretário de Finanças do município, fato que somente foi possível em decorrência dos agentes públicos que ocupavam cargos de influência e decisão na estrutura administrativa da prefeitura de Rorainópolis para fraudar a licitação”, ressaltam os autores da ação.

  O MPRR pede ainda que a Justiça decrete a perda da função pública dos acusados, bem como a suspensão de seus direitos políticos. A ação foi ajuizada dia no último dia 07, na Comarca de Rorainópolis e aguarda decisão judicial.

Segundo A Folha não conseguiu localizar os citados na ação, na tarde de ontem, por telefone.

Folha de Boa Vista 

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