Pioneira na aquicultura, comunidade indígena inaugura venda no mercado boavistense

A piscicultura no Guariba foi o primeiro projeto na área a ser implantado em comunidades indígenas no país.


Mais uma despesca foi realizada dia 08 de dezembro, participaram do ato professores e alunos da escola Manoel Horácio, membros da comunidade Guariba, inclusive o autor do projeto Dep. Federal Édio Lopes. Os moradores já comercializam os pescados e exportam para a venda nos bairros da cidade da capital Boa Vista, os indígenas comemoram o sucesso do projeto que tem dado certo, ajudando assim na alimentação saudável, fornecendo proteínas de qualidade para os indígenas.
A Piscicultura na comunidade indígena Guariba, pioneira no Brasil na reprodução de alevinos de tambaqui, com apenas 3 anos na atividade.

Aos poucos conseguimos realizar nosso sonho, graças a Deus. Hoje, me sinto realizado e vitorioso sabendo que ainda tem muita coisa para realizar pela frente, mas com a certeza já colaboramos com muita gente. Feliz é a pessoa que faz o que gosta, é uma atividade que amo, ainda estou nela e se Deus quiser vou morrer nela. Fomos os primeiros a produzir alevinos para atender os produtores da região e me orgulho muito de fazer parte desta bela história”, disse emocionado um morador.

  • Como funciona


Os projetos de piscicultura em comunidades indígenas consistem na escavação, preparação dos tanques, aquisição de alevinos de tambaqui, ração e insumos necessários a criação dos peixes até a despesca.
Além disso, técnicos especializados são responsáveis pela capacitação dos indígenas e assistência aos tanques onde são produzidos os peixes. Todos os projetos obedeceram aos critérios técnicos para receber as autorizações da FUNAI e IBAMA, e as exigências da Organização Internacional do Trabalho que trata sobre a consulta aos povos indígenas.

  • Produtividade


A inclusão do consumo de peixes no cardápio do brasileiro, devido a riqueza de proteína, é reforçada em todos os projetos autossustentáveis relacionados a produtividade no Ministério da Pesca. Para os indígenas, esta é um questão ainda mais relevante, devido a dificuldade de acesso à outros alimentos.
No polo de produção da Comunidade do Guariba, o consumo estimado é de 19,36 kg de peixe por ano, para cada um dos 383 indígenas que ali residem. A ONU/FAO recomenda que este consumo seja em torno de 12 kg por ano. No Brasil esta média é de 9 kg. Portanto, a produção em Guariba fica bem acima da média dos padrões internacionais e do país.

“Temos a grande satisfação de ajudar e contribuir na boa produção do pequeno agricultor que tem garantido a alimentação da família. A criança tem até intimidade com os peixes que estão armazenados ao lado da casa e o pai não se preocupa com a alimentação quando vai trabalhar. Então, não é só ganhar, temos essa satisfação de ver que nosso trabalho contribui com muita gente”, ressalta Tavares.


Edio Lopes foi o parlamentar que mais alocou emendas individuais no Ministério da Pesca e Aquicultura desde 2009, seja para os pequenos produtores do interior do estado de Roraima ou para os projetos em benefício das comunidades indígenas.

Ao destacar a importância da piscicultura para a economia da região e para o produtor rural o professor parabeniza o trabalho de construção de tanques que já beneficia a comunidade da zona rural, inclusive gerando renda para as famílias.

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