Povo Taurepang

   Atualmente, no Brasil, são denominados Taurepang, e na Venezuela, Pemon. Nos anos trinta, parte dos Taurepang deslocaram-se da Venezuela para a Guiana, seguindo missionários adventistas. Por esta mesma época, os que viviam no lado brasileiro, mudam-se para Venezuela por encontrarem lá condições melhores. Nos anos cinqüenta, uma parte deles retornou para o Brasil, concentrando-se, essencialmente, na maloca do Bananal, próximo da fronteira entre Brasil e Venezuela. Sua população, no lado brasileiro, é muito reduzida, chegando ao máximo a 200 indivíduos, somando os que vivem em companhia de Macuxi e Wapixana, nas malocas Sorocaima e Boca da Mata.

  Os Taurepang são praticantes da religião Adventista do Sétimo Dia, enquanto os Macuxi e Wapixana são Católicos. Do mesmo modo, também dividem com os Macuxi e Wapixana, a Área Indígena São Marcos, hoje totalmente demarcada.

  Sobre a área indígena em questão, passa o Linhão de Guri, que trouxe energia elétrica da Venezuela para o Brasil. A passagem do Linhão gerou uma negociação entre produtores rurais, que viviam e trabalhavam na região, e a ELETRONORTE. Pelo acordo, a ELETRONORTE se comprometia, através de avaliações fundiárias da FUNAI e outros órgãos, a indenizar todos os produtores da região, que tivessem feito benfeitorias de boa fé em suas propriedades. Alguns produtores consideraram injustos os valores da indenização pela fato da avaliação não considerar os títulos de propriedade e tampouco muitas benfeitorias, consideradas pelos avaliadores como de má fé. No geral, são trabalhadores que há anos produzem alimentos e criam gado na região. A permanência deles, deve-se, sobretudo, a irregular administração na FUNAI, que nunca tomou procedimentos para que se conhecesse de fato o que era área indígena.

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