Bandido mata taxista com tiro e leva o carro para a Venezuela

O taxista Humberto de Almeida Marinho, 49 anos, foi assassinado na tarde de ontem com um tiro na cabeça, por volta das 15h. Ele era casado e tinha duas filhas. O corpo foi encontrado, minutos depois, na margem esquerda do igarapé Sucuriju, no Projeto de Assentamento (P.A.) Nova Amazônia, área rural da Capital, próximo à Escola Agrotécnica da Universidade Federal de Roraima (UFRR). O veículo foi apreendido na Venezuela, após os passageiros sofrerem um acidente.
  Segundo uma testemunha ocular, que não terá o nome divulgado para não sofrer represálias, ele estava próximo ao local quando presenciou o veículo do taxista, um Prisma modelo antigo, 161, placa NAB-3074, aproximando-se do igarapé. “Achei muito estranho porque o carro parou, dois homens desceram e entraram na mata ao lado do igarapé. Ficaram alguns minutos lá dentro. Apenas um voltou e o carro arrancou”, explicou a testemunha.
  Porém, devido à distância, a testemunha, que não ouviu nenhum barulho de disparo de arma de fogo, não soube precisar se existia uma terceira pessoa dentro do veículo. Talvez alguém que estivesse dirigindo, haja vista que, para descer do carro, mesmo estando sob a mira de uma arma de fogo, se estivessem apenas o taxista e o atirador, a vítima poderia tentar correr e buscar ajuda.
  Essa hipótese também não é descartada pela polícia, porém, assim que o crime foi descoberto, quando a testemunha resolveu ir ao local, encontrou o corpo de Humberto - deitado de costas, sem camisa e com uma marca de tiro na cabeça. Ele acionou a Polícia Militar que, de imediato, comunicou todas as viaturas da cidade para que ficassem alerta quanto ao veículo.
  Dentre as várias hipóteses levantadas no local do crime para o destino tomado pelo assassino (ou assassinos), uma delas foi confirmada: a de que o veículo entrou à esquerda, sentido BR-174, Norte, em direção a Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. Uma segunda testemunha presenciou o momento em que o carro passou pelo portal de entrada da escola, a dois quilômetros de onde o corpo foi desovado.
Crime foi cometido na margem do igarapé Sucuriju, onde vítima foi encontrada com um tiro na cabeça                  (
Foto: Raynere Ferreira)
  Uma terceira testemunha presenciou quando o veículo atravessou a fronteira da Venezuela com duas pessoas dentro. “Eles estavam muito nervosos. O motorista chegou a entregar a chave do carro ao guarda venezuelano e, quilômetros depois, sofreram um acidente”, relatou.
  O acidente fez com que os dois ocupantes do veículo fossem detidos pela Guarda da Venezuela, em Santa Elena de Uairén, e encaminhados às autoridades competentes. Em seguida, as polícias Militar e Federal, que já estavam cientes dos fatos, foram àquele país para informar sobre o assassinato.
  Devido ao horário, a Folha não conseguiu contato para saber se os acusados seriam trazidos ao Brasil ou se vão responder primeiramente pelo crime de trânsito ocorrido em Santa Elena, na fronteira com Pacaraima. Ainda segundo informações extraoficias, a segunda pessoa que estava no carro é de nacionalidade venezuelana.

DANIELA MELLER
Editoria de Polícia
dany_meller@hotmail.com

Folha de Boa Vista

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