Prefeitos querem apoio da bancada federal


Prefeito do Amajari e presidente da Associação dos Municípios de Roraima (Foto: Divulgação)
   Depois da divulgação feita pela Receita Federal, na semana passada, informando que, das 14 prefeituras do interior de Roraima, 13 apresentam dívidas com a Previdência Social, o presidente da Associação dos Municípios do Estado de Roraima (Amer), Moacir Mota, que é prefeito do Amajari, resolveu pedir apoio da bancada federal de Roraima para tentar uma solução junto ao Governo Federal.
Segundo ele, a ideia é conseguir o apoio da bancada para apresentar uma série de pedidos durante a XVII Marcha a Brasília e o Encontro dos Prefeitos com a presidente Dilma Rouseff (PT), evento que acontecerá em Brasília (DF) de 12 a 15 deste mês. Uma das principais reivindicações será a redução da alíquota de 20% para 5 %.
Segundo Moacir Mota, hoje representa um dos maiores problemas de gestão nos pequenos municípios.  “Quando se paga, por exemplo, R$100 mil da folha dos servidores, temos que pagar mais R$20 mil de INSS, e isso onera os cofres dos municípios e fica inviável administrar”, frisou.        
O prefeito destacou ainda outras situações, como os recursos que vêm para a saúde e devem ser para pagamento de médicos. “O dinheiro de pagar o médico vem, mais para pagar o INSS tem que sair da prefeitura. E o resultado disso é o atraso no recolhimento e a consequente retenção das cotas do FPM pela Receita Federal”, afirmou.
Para ele, as cotas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) são praticamente a única fonte de receita dos municípios para pagamento de servidores e custeio da máquina administrativa. “Sabemos que temos que recolher o INSS através da Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social, a GFIP, mas as prefeituras têm enfrentado muitas dificuldades para se manterem com suas obrigações tributárias. E quem não recolhe está sendo cobrada pela Receita através de bloqueio de cotas do FPM”, frisou.
Ele lembrou que, numa reunião convocada pelo delegado da Receita Federal, Omar Rubin, na semana passada, os prefeitos foram informados dos montantes de cada dívida e que ficou definido que neste mês de maio as cotas não seriam bloqueadas, mas que os prefeitos deveriam levar uma proposta de parcelamento da dívida no próximo dia 26, data de um novo encontro com a Receita.
“Alguns municípios têm uma folha de pagamento alta e nem sempre o que recebe de FPM dá para pagar a folha e os tributos”, afirmou. “Todos os pequenos municípios do Brasil estão assim e nossa intenção é tentar sensibilizar o Governo Federal quanto a isso, através dos nossos representantes da bancada de senadores e deputados federais”, frisou.
“Se isso não acontecer, chegará um momento que não vai dar para pagar os funcionários”, complementou, informando que a média de FPM recebida nas três cotas de decênios mensal é de aproximadamente R$240 mil.
A afirmação é embasada no fato de que em pelo menos quatro prefeituras tiveram um mês com o bloqueio total do FPM e ficaram sem ter como assumir seus compromissos com a folha de pagamento e fornecedores.
“Isso desestabiliza por completo as finanças e a economia do município que sobrevive exclusivamente do repasse do FPM”, frisou. “Pelo menos o delegado da Receita Federal se mostrou sensível e não vai fazer nenhuma retenção este mês. Ele vai parcelar a dívida, senão não teríamos como administrar o município”.           
Mota informou que o recolhimento tributário é em média 15% da receita líquida do FPM e, como os repasses de cotas são feitos a cada decênio e correspondem à cerca de R$ 80 mil, na data do desconto tem cota que depois do desconto pouco sobra para a conta da prefeitura.

Folha Web

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